O marejar de lágrimas no meus olhos quando, lentamente, espraio o olhar pelos montes da minha aldeia, pejados de estevas, urzes ou giestas e me sinto eu, em toda a minha essência, sem medos, sem ansiedades, momentaneamente terra, sol, vento...
E, por mais incompleta que esta resposta esteja, continuo a ansiar que a minha alma seja capaz de ser menina, sempre, de olhos bem abertos para a borboleta azul que voeja, para o lagarto verde, assustadiço que corre para a sua toca, para a cobra estendida no caminho num dia abrasador de verão...
Lá ao fundo, muito lá ao fundo, corre o rio que povoa os sonhos e desejos desta minha alma líquida.
Maria Videira (Mara Cepeda)
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