Tudo bem?
Seria esta a abordagem
para uma conversa maior.
Talvez fosse só uma simples
e pequena conversa.
Um passar o tempo
sem consequências.
Pelo contrário,
talvez se falasse
da insustentável
leveza do ser.
Ou da leveza
insustentável
que não é precisamente
a mesma coisa.
Estou cansada.
Talvez amanhã
eu possa flutuar
por muitos e bons assuntos.
Ser borboleta.
Mas hoje não.
Não é fácil,
quando a densidade do ser
é contabilizável.
Lá vem ele.
Dirige-se para a minha mesa.
Deve mudar de direcção
quase ao chegar.
Às vezes muda,
na maioria das vezes.
Mas quem se importa?
Hoje não.
Minto.
Importo-me.
Sempre.
Por mais abstracta que esteja.
Maria Videira (Mara Cepeda)
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