segunda-feira, 10 de março de 2014

Não sei o que espero...

Não sei o que espero
No imenso vazio
Se o mar é bravio
Nadar não quero.

O sol incide, estendo a mão
Vida fútil, quase vazia.
No meu coração
Não há harmonia.

O comboio avança
Levando o meu destino
E a mão não alcança
O sorriso menino.

Não desejo a tristeza
Do dia que não grassa
E procuro a certeza
Do comboio que passa.

O dia passeia
A noite já nasce
O menino anseia
Que a vida passe

E o comboio
Verdadeiramente
Passa...

Maria Videira (Mara Cepeda)

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