terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Noite

Na noite que vivo, nem uma luz se vê
A pomba, não existe
os prisioneiros morrem,
os poucos,
lentamente,
na cela cheia
de vazios.
Por vezes imita o mar
que adormece os navios
de mastros partidos,
bandeiras rasgadas
que velam na calmaria revolta
dos ventos

E tudo é noite
e na noite
o azul do mar
é negritude.

Maria Videira

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