Tudo se fez dia
Que não vislumbro
Por entre a escuridão
Da densa névoa.
Pensamentos solidificados
Impedem ser gente
Todos, robotizados,
Seguem o sem rumo
De trémulos pingentes.
O mar não tem sonhos
Os sonhos não têm cor.
As ondas quebram
Na areia da praia
Sem significação.
É ser sem ser
Na cegueira nocturna,
Eterna névoa dos rios
Desculpa oportuna
Para os meus desvarios.
Maria Videira (Mara Cepeda)
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