sábado, 25 de janeiro de 2014

É ser sem ser

Sonhos que sonhei
Tudo se fez dia
Que não vislumbro
Por entre a escuridão
Da densa névoa.

Pensamentos solidificados
Impedem ser gente
Todos, robotizados,
Seguem o sem rumo
De trémulos pingentes.

O mar não tem sonhos
Os sonhos não têm cor.
As ondas quebram
Na areia da praia
Sem significação.

É ser sem ser
Na cegueira nocturna,
Eterna névoa dos rios
Desculpa oportuna
Para os meus desvarios.

Maria Videira (Mara Cepeda)

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