segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O amor é quase uma prisão


De soslaio

Na esquina

Esgazeiam o olhar

Que anseia

Menina,

Por te ver passar.

 

O amor é quase uma prisão.

 

Vivem enclausurados 

Na mais alta torre

De imaginários cárceres 

Castelos medievais.

 

Escava fossos de proteção.

 

A ferrugem dilacera

A engrenagem

Que, moribunda

E austera

É disfuncional.

 

O coração ensombrece.

 

A paz

Lentamente

Escurece.

Desce dos telhados,

Das paredes,

Quase chão.

 

O pôr-do-sol diz que não.


Maria Videira (Mara Cepeda)

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