Os
homens desconfiam.
De
esguelha
Na
esquina
Esgazeiam
o olhar
Que
anseia
Menina,
Por
te ver passar.
O
amor é quase uma prisão.
Vivem
Enclausurados
na
mais alta torre
De
imaginários cárceres
Castelos
medievais.
Escavam
fossos de proteção.
A
ferrugem dilacera
A
engrenagem
que
moribunda
e
austera
é
disfuncional.
O
coração ensombrece.
A
paz
lentamente
escurece.
Os
ninhos
descem
dos telhados,
Pelas
paredes,
quase
chão.
O
pôr-do-sol diz que não.
Maria Videira (Mara Cepeda)
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