quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sem destino

Sem destino,
atravessam a praça
apinhada de pombos
que ninguém vê.

Pela indiferença
esvoaçam na noite,
pairando
acima de todas as cabeças.

Fingem vida.
Superam-na e seguem.

Mergulham
por falsas moedas
que a água multiplica
e engrandece.

Fontes serenas
chafarizes de vida,
horas desertas
areias escaldantes...

Maria Videira (Mara Cepeda)

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