quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Ser é quase como ter sede

Ser
é quase como ter sede,
tão grande sede
que se anseia a morte.

É como quem sofre da alma
e não consegue entender do que sofre
o que sente… o que quer.

Mais que desesperadamente,
quase como quem ama para além da vida que não terá
sou um buraco negro dentro de mim mesma.

Não consigo encontrar a porta que me conduzirá à luz.
A sede é premente.
A fome, desesperante.

Uma sede insaciável
uma fome feroz
sou fera de mim.

Buraco negro,
abismo,
não,
cratera em erupção.
 
Maria Videira (Mara Cepeda)

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